Morro mais de mim que
morro de deles.

Dispostos a uma lágrima
de tênue alicate
os arames farpados
(pétalas escamadas
que saqueiam estômagos desditos)
criam o suplício
que preciso desobrigar-me,
criam o oceano
que a palavra não vê.
Vem as enxurradas
elásticas, escolásticas
estilísticas e
carregam
o vazio.
Mas
onde foi parar
a poesia marginal de “Nikolaus Von Behr”
e seu iogurte com farinha?
O poeta
resignado recolhe a lama
e se suborna maldizendo
as rugas
da lavra sem organismo.
Sem ruptura
rege o frenesi
sem paradoxo nem logro
e não aflige o diamante,
sofre...
Punge até caber:
estigma
incorruptível
faz do poema
combustão.
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